CONVERSOR ACELERAÇÃO

 

Conversor de Aceleração

Aceleração é uma grandeza física que representa a taxa de variação da velocidade de um objeto ao longo do tempo. Em outras palavras, a aceleração é a medida da rapidez com que um objeto está mudando sua velocidade.

Matematicamente, a aceleração (a) é definida como a variação da velocidade (Δv) dividida pelo intervalo de tempo (Δt) em que essa variação ocorre. Portanto, a fórmula da aceleração é:

a = Δv / Δt

A aceleração pode ser positiva, negativa ou nula. Quando a aceleração é positiva, significa que o objeto está aumentando sua velocidade ao longo do tempo. Por exemplo, quando um carro acelera, sua velocidade está aumentando e sua aceleração é positiva. Já quando a aceleração é negativa, significa que o objeto está diminuindo sua velocidade ao longo do tempo. Por exemplo, quando um carro freia, sua velocidade está diminuindo e sua aceleração é negativa. Por fim, quando a aceleração é nula, isso indica que o objeto está com uma velocidade constante, ou seja, não está acelerando nem desacelerando.

A unidade de medida padrão para a aceleração no Sistema Internacional (SI) é o metro por segundo ao quadrado (m/s²). Essa unidade representa a variação de velocidade em metros por segundo, dividida pelo intervalo de tempo em segundos.

A aceleração desempenha um papel fundamental na descrição e compreensão do movimento dos objetos, sendo uma grandeza fundamental na física e em diversas áreas da ciência e da engenharia.

Conversor de Aceleração

m/s2 m/s2
cm/s2 cm/s2
mm/s2 mm/s2
gn gn
Gal Gal
km/h/s km/h/s
mi/h/s mi/h/s
ft/s2 ft/s2
in/s2 in/s2

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE CALDEIRAS

Introdução às Caldeiras


    Uma caldeira é um equipamento utilizado, geralmente, para fins industriais ou de aquecimento, destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo. Ela consiste em um recipiente fechado no qual a água é aquecida, gerando o vapor a alta pressão.  O vapor gerado pela caldeira pode ter diversas aplicações em diversas condições, seja em baixa pressão, alta pressão, saturado, superaquecido, etc. Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de equipamentos nos quais estão incluídas as caldeiras com diversas fontes de energia.


Aplicações e utilidades

O vapor gerado pelas caldeiras pode ser utilizado como fonte de energia para diversos tipos de equipamentos e instalações:


  • Turbinas a Vapor
Turbina 1.900MW - Siemens-Energy

  • Máquinas de Papel

MP-28 - KLABIN
  • Misturadores

Banbury Mixer - ECPLAZA

   Isso mostra a importância das caldeiras em instalações industriais. Assim como os demais serviços de utilidades de um site fabril, as caldeiras fazem parte do que podemos chamar de pulmão da produção de uma fábrica, no sentido em que ela fornece o “ar”, nesse caso, o vapor, que faz com que muitos equipamentos, geralmente os principais que compõem uma unidade fabril, possam assim funcionar e produzir.

Classificações

As caldeiras podem ser classificadas em diferentes tipos, dependendo do combustível utilizado e da aplicação específica. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
  • Aquatubulares (água nos tubos): Esses tubos estão imersos em um meio quente ou em chamas. Nesse caso, no interior da câmara de combustão, onde ocorre a queima do combustível permitindo a transferência de calor para a água.


Caldeira Aquotubular - Spirax Sarco


Caldeira Aquatubular - INBRAEP


  • Flamotubulares (fogo nos tubos): Os gases quentes provenientes da queima de combustível passam pelos tubos. Esses tubos são cercados por água ou outro fluido, permitindo a transferência de calor dos gases para o fluido circundante.
Caldeira Flamotubular - Spirax Sarco


  • Mistas com fornalha aquatubular e região flamotubular: Nesse tipo de caldeira a água circula nos tubos da mesma forma que a aquatubular, mas também temos a passagem dos gases provenientes da queima de combustível da superfície de aquecimento flamotubular.
Caldeira Mista - SPIRAX SARCO

As caldeiras também podem ser classificadas por tipo de combustível, e alguns são mais comuns e amplamente utilizados nas indústriais:

  • Caldeiras a gás: Utilizam gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gases de processos industriais como combustível.
Aalborg Mini 3-Pass - ALFA LAVAL


  • Caldeiras a óleo: Utilizam óleo combustível, como óleo diesel, óleo pesado ou óleo residual, como fonte de energia
  • Caldeiras a carvão: Queimam carvão mineral (como carvão betuminoso, sub-betuminoso ou antracito) para gerar calor. Certamente um dos tipos mais antigos de caldeira, tendo em vista que a queima de carvão para geração de calor oriunda de tempos longínquos. As primeiras caldeiras a carvão eram utilizadas para acionar máquinas a vapor durante a Revolução Industrial, no século XVIII
DZL - TAISHAN GROUP

  • Caldeiras a biomassa: Utilizam biomassa como combustível, que pode incluir resíduos de madeira, bagaço de cana-de-açúcar, casca de arroz, pellets de madeira, entre outros materiais orgânicos
  • Caldeiras Elétricas: Utilizam energia elétrica para aquecer a água e gerar vapor.
    Em comparação aos demais tipos de caldeiras, as elétricas não são tão comuns em sites fabris, mas segundo Macintyre (2011), pode-se analisar se é vantajosa a instalação deste tipo de equipamento em áreas onde há suprimento abundante de energia elétrica, levando-se em consideração o custo da energia elétrica fornecida pela concessionária local.
Caldeira Elétrica ACH - ASTROSOL

    O vídeo a seguir é uma edição e tradução para o português para que você nobre leitor possa ter um pouco mais de visualização sobre o funcionamento de uma caldeira. O autor do vídeo, original em inglês, é desconhecido.

Introdução às caldeiras



Voce também pode ouvir essa matéria que acabou de ler no youtube com narração de slides.

Noções básicas sobre caldeiras





DESENHO TÉCNICO PARA INICIANTES

Introdução ao Desenho Técnico

Desenhista de Máquinas
PROVENZA, 1991
    O desenho técnico é uma habilidade essencial para profissionais da área de projetos. Para quem é profissional há muito tempo, chega a ser tão natural quanto respirar. Mas para quem é iniciante, muitas vezes, a complexidade e a importância dessa prática não são totalmente compreendidas.

    De acordo com Catapan et al. (2020) "Desenho Industrial - tradução da expressão inglesa industrial design - significa tradicionalmente o desenho, o projeto de objetos ou de sistemas de objetos industrializados normalmente fruídos na existência cotidiana, no lar, no trabalho, no lazer: do relógio de pulso, aos talheres, da bicicleta ao automóvel, do trem ao avião, dos eletrodomésticos aos instrumentos de escritório, dos móveis aos barcos, das ferramentas manuais à máquinas operatrizes. Todos esses objetos estão fundamentados num momento projetivo - de desenho criador - e num momento iterativo - de produção em série e mecanizada."

    É importante reconhecer que nem todos têm o mesmo nível de experiência e conhecimento, e é por isso que queremos apresentar uma perspectiva abrangente e enriquecedora sobre o assunto. Aprender desenho técnico pode ser fácil e ao contrário do que muitos podem pensar, não é preciso ter o dom de quem faz desenho artístico por exemplo.

1. O que é desenho técnico?

    O desenho técnico é uma forma de representação gráfica utilizada para transmitir informações e especificações de projetos, produtos ou sistemas. É uma linguagem visual padronizada, baseada em normas e convenções, que permite a comunicação clara e precisa entre profissionais de diferentes áreas, como arquitetura, engenharia, design e manufatura. Ao contrário do desenho artístico, o desenho técnico busca ser objetivo, preciso e detalhado, com o objetivo de transmitir informações técnicas de forma universalmente compreensível.

    Ainda segundo Catapan et al. (2020), É um erro se considerar o desenho como uma cópia de formas, pois ele pode representar a imaginação de uma forma não existente (ficção científica): afinal, pode-se considerar desenho tudo aquilo que a mão humana traduz quando quer exprimir uma ideia mesmo que não o consiga.

1.1 Etimologia, importância e aplicações do desenho

    Com possível raiz no latim designare, “marcar, notar, traçar, desenhar; indicar, designar...”. Em certa época tive a oportunidade de conhecer um mecânico italiano, ele se referia a mim e a outro colega como "disegnatore"

    O desenho técnico desempenha um papel crucial na comunicação visual desde tempos antigos. Os hieróglifos, como uma forma de escrita pictográfica utilizada pelas antigas civilizações, destacam a importância do desenho como meio de expressão e transmissão de informações. Assim como os hieróglifos permitiam a comunicação e a preservação do conhecimento, o desenho técnico moderno também desempenha um papel vital na representação precisa e padronizada de objetos e projetos. Por meio de linhas, símbolos e convenções gráficas, o desenho técnico facilita a compreensão, colaboração e materialização de ideias em diversas áreas, como arquitetura, engenharia e design industrial. O desenho técnico é uma ferramenta essencial no desenvolvimento e na concretização de projetos, impulsionando a inovação, a colaboração e o avanço tecnológico na sociedade contemporânea.

    Dentro de um projeto, o desenho técnico desempenha um papel fundamental em suas várias etapas, desde a concepção inicial até a fabricação e construção. Algumas das principais razões pelas quais o desenho técnico é importante incluem:

Comunicação eficiente: 

    O desenho técnico permite que os profissionais transmitam ideias e conceitos de forma clara e precisa. Ele fornece informações visuais detalhadas que podem ser interpretadas por outros profissionais, evitando erros de comunicação e garantindo que todos estejam na mesma página.

Documentação de projetos

    O desenho técnico serve como um registro visual de um projeto. Ele documenta as decisões de design, dimensões, especificações técnicas e detalhes construtivos, tornando mais fácil para as equipes de projeto referenciarem e atualizarem as informações ao longo do tempo.

Fabricação e construção:

    O desenho técnico é fundamental para a produção de peças, componentes e estruturas. Os desenhos técnicos fornecem instruções precisas para a fabricação, permitindo que os fabricantes construam produtos de acordo com as especificações do projeto.

Detecção de problemas:

O desenho técnico também pode ajudar na identificação antecipada de problemas e conflitos em um projeto. Ao analisar o desenho, os profissionais podem detectar erros de design, colisões entre componentes ou incompatibilidades antes do início da produção ou construção, economizando tempo e recursos.

Quanto às aplicações do desenho técnico, elas são amplas e abrangem diversas áreas, tais como:

  • Arquitetura: Desenho de plantas baixas, cortes e fachadas de edifícios.

  • NEUFERT, 1998

  • Engenharia mecânica: Desenho de peças, conjuntos mecânicos e máquinas.

  • PROVENZA, 1991

  • Engenharia civil: Desenho de estruturas, fundações e instalações.

  • NEUFERT, 1998



  • Engenharia elétrica e eletrônica: Desenho de esquemas elétricos, placas de circuito impresso e diagramas de fiação.

  • MAMEDE, 2017

    2. Normas e convenções de desenho técnico

    2.1. Principais normas de desenho técnico

         Existem algumas normas e convenções estabelecidas para desenho técnico. Essas normas variam de acordo com o país e a área de aplicação, sendo algumas das mais conhecidas:

    • ISO (International Organization for Standardization):

        A ISO possui várias normas relacionadas ao desenho técnico, como a ISO 128 - 2020, que estabelece princípios gerais de representação em desenho técnico, incluindo convenções de linhas, tipos de letras, dimensionamento e tolerâncias.

    • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):

        No contexto brasileiro, a ABNT é responsável pela criação e atualização das normas técnicas utilizadas no país. A ABNT NBR17067 DE 09/2022, por exemplo, define os princípios gerais de representação em desenho técnico. Voce pode, inclusive se inscrever e ter acesso as normas AQUI 

    • ANSI (American National Standards Institute):

        Nos Estados Unidos, o ANSI é um importante órgão responsável por desenvolver normas e diretrizes para várias áreas, incluindo o desenho técnico. Algumas normas ANSI amplamente utilizadas são a ANSI Y14.5 - 2018, que trata de tolerâncias dimensionais e geométricas, e a ANSI Y14.100 - 2017, que estabelece as regras para representação de desenhos técnicos. 

        Essas normas e convenções são essenciais para garantir a compreensão e a compatibilidade dos desenhos técnicos entre profissionais e empresas. Elas fornecem diretrizes detalhadas sobre a forma como os desenhos devem ser apresentados, desde a forma de representar diferentes elementos até a forma de indicar tolerâncias, cotas e outros aspectos importantes para a interpretação correta do desenho. Ao criar desenhos técnicos, é fundamental estar familiarizado com as normas e convenções aplicáveis à sua área específica, garantindo que seus desenhos sejam claros, precisos e conformes aos padrões estabelecidos.

    3. Formatos e padrões de folhas

    A padronização de formatos começa com o tamanho A0. Os tamanhos de formatos a seguir, A1, A2, A3, A4, são, de forma sucessiva, a metade, ou bipartição do anterior.

    Dimensões do A0 1189 x 841 (mm)

    3.1 Dimensões dos demais formatos:
    Catapan, Strobel e Santana (2020)

        Uma curiosidade é que a proporção oficial entre a base e a altura dos formatos é de Raiz de 2 (2). Exemplo: O formato A2 tem medidas 594 x 420. Dividindo 594/420 temos ≈1,414.

    Origem dos formatos da série ISO-A

        Essas informações e outras mais completas podem ser consultadas na NBR16752: Desenho Técnico - Requisitos para apresentação em folhas de desenho, edição 2020 da ABNT .

    4. Projeção ortográfica (vistas ortográficas).


        A projeção das vistas ortogonal podem seguir a orientação dos chamados diedros, os mais conhecidos são 1° e 3°, sendo o 3° o adotado pela ABNT, do sistema europeu.

    Projeção Ortogonal
    PROVENZA, 1991

        Segundo Provenza (1991), as vistas mais usadas nesse plano são as vistas 1, 2 e 3, classificando estas e demais vistas da seguinte forma:
    1. Plano Vertical: vista de frente ou elevação
    2. Plano Horizontal: vista de cima ou planta
    3. Plano de Perfil: vista do lado esquerdo ou perfil
    4. Vista de Perfil: vista do lado direito
    5. Plano Horizontal: Vista de baixo
    6. Plano Vertical: Vista de trás

    Plano Ortogonal - 3° Diedro
    PROVENZA, 1991

    5. Tipos de linhas e suas aplicações.

        Catapan (2020) apresenta os tipos de linhas da NBR 8402, cancelada em 2021, substituída pela NBR16861/2020
    Catapan, Strobel e Santana (2020)

    6. Escalas de desenho.

        A NBR 16752 /2020, em Emprego de Escalas, estabelece três níveis de redução e/ ou ampliação, sendo que estas, "dessa forma, são considerados escalas de redução ou ampliação válidas por esta Norma os valore 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1000, 2000, 5000 e seus múltiplos à razão de 10".

    Emprego de escalas
    NBR16752/2020
       
         Apesar de termos as NBRs, que, diferente das NRs, não são obrigatórias, mas amplamente aceitas e requisitas por órgãos públicos e privados, algumas lacunas podem ou precisam ser preenchidas.

        É o que acontece com os padrões de escalas. 
        
        Para algumas áreas, a exemplo de desenhos mecânicos por exemplo, algumas empresas ou profissionais podem ou precisam adotar padrões diferentes. Muitas vezes, inclusive, por determinação interna de padrões de alguns clientes.

    Em desenho mecânico, estas escalas podem variar por exemplo entre:
    • 1/2,5
    • 1/7,5
    • 1/15
    • 1/25

    7. Cortes e Hachuras.

            Segundo Catapan (2020), o corte de uma peça é sempre imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.
        Conseguimos, dessa forma, visualizar certos detalhes internos ou não aparentes em vistas ou projeções usuais.

    Catapan, Strobel e Santana (2020)

        Ainda segundo Catapan, na posição em corte, a superfície imaginada cortada é preenchida com hachuras. Elas são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada cortada, mostram também os tipos de materiais.

        Na NBR17067/2022 temos alguns exemplos de Hachuras:

    Exemplos de Hachuras
    NBR17067/2022

        Algumas outras hachuras podem ser encontradas em qualquer software CAD, além das convencionais, sendo que estas e muitas outras tem origem ANSI e ISIO:


    Hachuras no Autocad
    Do Autor

    Em breve espero poder falar mais sobre Desenho Técnico Assistido por Computador. Mais abaixo indico os links de livros de referencias.


    Links / Referencias Bibliogáficas:


    PROVENZA, Francesco. Desenhista de Máquinas. 46ª edição. Editora F. PROVENZA, 1991.


    CATAPAN, Strobel e Santana. Desenho Técnico no Contexto das Engenharias. 1ª edição. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora, 2020.

    ABNT. NBR 16861:2020. Desenho Técnico - Requisitos para Representação de Linhas e Escrita.

    ABNT. NBR 17067:2022. Requisitos para as Especificidades das Representações Ortográficas.

    ABNT. NBR 16752:2020. Desenho Técnico - Requisitos para Apresentação em Folhas de Desenho.


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